Projeto Maquete

Abaixo o projeto da minha maquete em construção, que tem um projeto inspirado na Estrada de Ferro Minas e Rio. Digo inspirado pois o projeto não segue a risca a ferrovia, mas pretendo ter na maquete Cruzeiro, Soledade de Minas e Três Corações, ou seja, muita coisa ficou de fora. Isso ocorreu devido a minha procura por um balanço entre pátios, espaço para o trem andar e operações.

Devido a essa inspiração, batizei a maquete com o primeiro nome da Mina e Rio: Estrada de Ferro do Rio Verde.

A maquete é composta por 3 níveis, sendo o mais baixo de todos um pátio de staging, que não passa de um grande estacionamento de trens. O nível do meio (em construção) vai ter o pátio de Três Corações e Soledade de Minas e por fim o superior com Cruzeiro.

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Plano do Staging

planta do deck intermediário / principal

planta do nível superior

Ficha Técnica

  • Escala HO
  • Dimensões: 10,95m x 5,10m
  • Raio mínimo: 76,2cm (30”)
  • Rampa máxima: 2,5% (principal), 3,5% (ramais)
  • Trilhos: code 100, Frateschi Niquel Silver, AMVs Peco
  • Controle: DCC DCC++ex

O projeto foi todo desenvolvido com o XTrackCad

Trem Tipo

Particularmente nunca gostei muito de composições curtas, algo como 5 a 10 vagões. Da mesma forma, é impraticável numa maquete composições modernas de 150 vagões com diversas locomotivas e tração distribuída. Desta forma, optei por fazer uma maquete para comportar um meio termo e assim surge a questão do “trem tipo”.

O trem tipo é um termo usado em projeto de ferrovias para se denominar o tamanho padrão de composição que circula pela ferrovia, algo como:

  • 3 locomotivas + 126 vagões, totalizando 2.472m de comprimento, um dos trem tipos usados no projeto da ferrovia Norte Sul

No caso da maquete, decidi por:

  • 3 locomotivas curtas (ex GP18) + 30 vagões de 40′, totalizando 5,3m de comprimento, aproximadamente 460 metros na vida real.

Com base nesse tamanho, todo projeto da maquete foi ajustado, ajustando-se tamanho dos pátios de manobra / classificação (Cruzeiro, Três Corações e Soledade), além dos pátios de Cruzamento (Freitas, Coronel Fulgêncio, Perequê, Rufino de Almeida).

Além disto, a distância entre os pátios de qualquer tipo foi estipulada como sendo de pelo menos 2 blocos (onde cada bloco tem o tamanho do trem padrão), isto para evitar aquela situação onde o trem sai de um pátio e quando a locomotiva entra no pátio seguinte, os vagões ainda estão dentro do pátio de origem.

Operação

A maquete foi projetada com operação em mente, com várias pessoas, mas também para ser funcional com apenas uma pessoa, afinal na minha cidade não existe muitos ferreomodelistas e não temos ainda no Brasil essa cultura de reunirmos em maquetes de amigos para operação.

Dessa forma, ela é um circuito ponto a ponto, mas com a possibilidade de ser um imenso oval, para aqueles dias que também queremos apenas deixar um trem rodar e curtir o desfile.

Staging Yard

Um ponto chave a operação é o staging yard que é muito comum em maquetes americanas e européias, mas pouco usado por aqui. O staging é um pátio, mas não é usado para manobras, apenas como garagem de composições. É comum que este não tenha decoração e as vezes fica até na sala vizinha da maquete. No meu caso, fica no nível mais inferior da maquete, por baixo dela.

Ramal de Sapucai

Com a evolução do projeto, surgiu a intenção de se ter na maquete um ramal com perfil mais pesado, este ramal tinha dois objetivos principais:

  • Criar fluxos a mais de trens para destinos diferentes, forçando assim a formação e desmembramento de composições na maquete para enviar / receber trens no ramal.
  • Criar uma linha com perfil mais pesado, forçando composições menores e / ou mais locomotivas.

Com isso, criei o pátio de Soledade de Minas por onde passa a linha de Sapucai (que realmente existia, mas tinha mesmo perfil da Minas e Rio). De Soledade temos a passagem da linha principal da maquete e a conexão com a Sapucai. As duas conexões vão direto para o staging yard, simulando assim as saídas para Pouso Alegre / São Paulo conexão com a Fepasa e Barra do Piraí, conexão com a EFCB / RFFSA.

Desenhos Antigos

Conforme a construção da maquete vai avançando, o projeto vai sendo ajustado. Coisas que no papel eram interessantes, nem sempre na prática são interessantes. A percepção / gosto vai mudando e assim o projeto vai evoluindo junto. Aqui vou deixando os desenhos antigos para quem tiver curiosidade em ver a evolução. 

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